A luta contra as mudanças climáticas em comunidades econômicas históricas ganha um novo capítulo com o lançamento do projeto “Quilombo Vivo: ferramentas de desenvolvimento comunitário e estratégias de incidência para adaptação climática”.
Idealizado pelo Coletivo Utopia Negra Amapaense e coordenado por Paulo Cardoso, Engenheiro Florestal e Gestor de Projetos Socioambientais, o projeto é uma iniciativa pioneira em Macapá e tem como objetivo fortalecer a construção do Plano de Adaptação Climática Municipal.
Tecnologia sustentável e saneamento básico em quilombos do Amapá
O projeto prevê encontros e formações para consolidar recomendações técnicas destinadas aos órgãos competentes, sempre a partir da perspectiva das comunidades locais. E ainda, contribuir com as comunidades por meio da tecnologia social e ambiental, unindo conhecimentos tradicionais científicos para promover autonomia, justiça socioambiental e soluções sustentáveis em território amapaense.
“Vamos atuar junto com a comunidade Vila do Carmo do Maruanum porque acreditamos que podemos ampliar o debate climático para outras áreas de Macapá, transformando esses espaços em centros de escuta para a criar um arcabouço técnico de recomendações para a elaboração do Plano de Adaptação Climática Municipal”, explica Cardoso.
A Comunidade no centro do debate climático
Um dos diferenciais do Quilombo Vivo é o protagonismo da população quilombola nas discussões ambientais. A comunidade da Vila do Carmo do Maruanum terá participação ativa na formulação de políticas públicas externas para a sustentabilidade.Na segunda fase do projeto, os debates serão ampliados para espaços públicos em Macapá, incentivando a criação de um Plano de Adaptação Climático Municipal de Macapá, fundamental para garantir uma infraestrutura digna e qualidade de vida para os povos tradicionais.“Disseminar essa experiência para outras regiões é um passo essencial para a construção de políticas públicas mais inclusivas e conectadas com a realidade dos territórios, garantindo justiça climática e social”, destaca Paulo Cardoso, coordenador geral do projeto.
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