Influenciadores e donos de clínica são indiciados por nove crimes contra 30 pacientes mutilados em procedimentos estéticos
- Cidade News
- 26 de mar.
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Entre os crimes estão lesão corporal gravíssima e organização criminosa. Caso é investigado desde dezembro de 2024.
A influenciadora Karine Gouveia e o marido dela, Paulo César Dias, foram indiciados por nove crimes contra pacientes mutilados em procedimentos estéticos realizados na clínica do casal. Segundo delegado Daniel Oliveira, entre os crimes está lesão corporal gravíssima por danos irreversíveis às vítimas, como necrose e deformações.
Ao Cidade News, a defesa disse que aguardava a conclusão do inquérito e que agora eles vão apurar caso a caso e que a justiça será aplicada.
O caso é investigado desde dezembro de 2024. A investigação da Polícia Civil começou depois que pacientes denunciaram ter sofrido lesões depois que procedimentos foram feitos na clínica de estética.
"As investigações comprovaram que a clínica KGG estética, comandada por Karine Gouveia e seu marido apresentavam uma estrutura aparentemente profissional, mas funcionava como uma verdadeira organização criminosa voltada à prática sistemática de crimes com divisão de tarefas, hierarquia e finalidade econômica, " afirmou o delegado.
De acordo com Daniel, ao todo, Karine Gouveia e o marido Paulo César Dias foram indiciados pelos crimes de:
lesão corporal gravíssima;
exercício ilegal da medicina;
fraude processual;
falsidade ideológica;
falsificação, corrupção e adulteração de produto terapêutico;
estelionato;
propaganda enganosa;
execução de serviço com alto grau de periculosidade.
Segundo o delegado, além das 30 vítimas diretas, existe o registro de ao menos 100 vítimas que serão ouvidas em um novo inquérito.
"Estima-se que cerca de 6 mil pessoas passaram por procedimentos estéticos na clínica entre 2018 e 2019, podendo estas pessoas estarem com óleo de silicone ou PMMA no corpo, susbstâncias com alto grau de risco e complicações", informou Daniel.
Conforme o delegado, o casal Karine e Paulo comandava a estrutura da clínica e contava com a participação de médicos, dentistas, biomédicos, estoquistas e funcionários da logística para a prática dos crimes. Mais de 10 profissionais foram autuados no inquérito por realizarem procedimentos não autorizados.
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